Governo quer inverter "situação grave" das farmácias
O responsável falava hoje à agência Lusa antes da sessão de encerramento do Congresso Nacional dos Farmacêuticos que desde sexta-feira decorre no Centro de Congressos de Lisboa.
"A situação é séria e grave, houve da parte do Governo alguma negação da situação durante muitos meses", disse Maurício Barbosa acrescentando que "o Ministério da Saúde reconhece a gravidade da situação e já mostra sinais de disponibilidade para reverter esta situação muito negativa".
A Ordem quer que o Governo "estabeleça mecanismos estabilizadores dos medicamentos". Para Maurício Barbosa "é impensável que se continue com uma legislação que provoca uma espiral deflacionista dos preços dos medicamentos".
Segundo o bastonário, nos últimos dois anos os medicamentos genéricos baixaram 56% enquanto os de marca 6%. Só baixaram os medicamentos de marca que no grupo farmacêutico a que pertencem têm genéricos.
"Não está haver equidade entre medicamentos genéricos e os de marca", disse Maurício Barbosa que defendeu "uma atualização anual dos preços dos medicamentos" e a remuneração do ato farmacêutico.
"Sempre que uma farmácia faz uma dispensa de um medicamento está a praticar um ato farmacêutico e devem ser remuneradas por esse ato, como se passa em muitos países da União Europeia", disse.
"Se o Governo não puser mão nesta situação irá levar em 2013 ao encerramento de centenas de farmácias", realçou.